12 perguntas para avaliar uma ideia de produto

Um designer na maioria das vezes tem como base de seu projeto uma pessoa que irá utilizá-lo. Entretanto não devemos desprezar o fato de que aquilo deverá ser comprado, e é aí que entra uma boa comunicação. É imprescindível que uma ideia de produto seja testada antes de ser viabilizada. Exponho as fazes de um projeto no seguinte artigo. Dar um tiro no escuro não é uma opção. Fazendo as seguintes perguntas, é possível avaliar se as chances do produto ser bem aceito pelo mercado são positivas.

Quem é meu usuário?

Eis a base de todo o projeto. Primeiramente é necessário entender para quem se está projetando. Pois a partir daí, pontos cruciais para que o projeto siga em frente são identificados. Como por exemplo o perfil completo do usuário (dores, gostos, grupos sociais, onde e como vive, renda, etc). Sabendo disso, a ideia condiz com o perfil estudado?

Que benefícios o usuário está recebendo?

Além do bom cumprimento da função a qual o produto é destinado, que outra vantagem o mesmo proporcionaria? É interessante sanar questões que o próprio usuário talvez não tenha percebido que necessita. Pequenos detalhes ajudam a criar certo diferencial no produto.

Onde o usuário busca informações sobre produtos?

A partir desse ambiente é possível descobrir possíveis influenciadores, e características relevantes para o usuário que podem despertar o seu interesse. O que também possibilita a adoção de medidas de propaganda ( o que já foge um pouquinho do assunto principal, mas é válido lembrar).

Que características do produto são mais importantes para o usuário?

A partir daqui é possível começar a elaborar uma proposta de valor a cerca do produto, conforme os elementos que são cruciais para o usuário são enfatizados. Aliás, algumas dessas características podem também ser identificados à primeira vista no seguinte item.

Quais critérios mais importantes adotados na hora da compra?

Um objeto pode cumprir bem uma função, porém para que isso se torne realidade, ele precisa antes sair da prateleira. Questões como preço, estética, durabilidade, peso, etc, são características relevantes que fazem total diferença na aquisição de um produto, e devem começar a ser pensados antes mesmo dele sair do papel.

Quais as bases de comparações com produtos concorrentes (similares) para o usuário?

O bom e velho estudo e análise de concorrentes. É importante listar quais pontos negativos e positivos dos produtos similares. Para que o novo projeto possa superar sob diversos aspectos os produtos já existentes no mercado.

Como se dá o processo de compra?

Questões de logística podem ser identificadas aqui, como por exemplo a solução para a embalagem do produto. Ele irá ficar exposto em uma loja, ou em um ambiente virtual somente? Pra isso como ele deverá ser transportado?

Quanto o usuário está disposto a gastar?

Importante para auxiliar na escolha de materiais e processos de produção, os mesmos que estão ligados diretamente ao custo final do produto. Portanto a ideia precisa ser algo que está dentro da realidade financeira do usuário.

Quanto eles compram em média?

Mapear esses hábitos também nos ajuda a estipular uma média de custo do produto final. Acima de tudo, vale ressaltar que nem sempre a classe social de uma pessoa irá ditar como é seu comportamento de consumo.

Após quanto tempo o usuário retorna para comprar novamente?

Isso ajuda também a pré-determinar o tempo de vida daquele produto, quando é a melhor hora para ele ser lançado. O que também influencia na configuração do produto, como a questão dos materiais por exemplo, dependendo da frequência com que uma pessoa precisa estar comprando este produto.

Por que o usuário escolhe uma marca em relação a outras?

Os produtos similares já foram analisados, entretanto, uma empresa pode ter um bom branding e um marketing que de certa forma conseguem fidelizar pessoas ou até mesmo uma característica especial em seus produtos que os tornam especiais para certas pessoas. Identificando isso, é possível também criar um diferencial que pode mudar essa realidade.

Quem compra o produto é a mesma pessoa que irá utilizá-lo?

Um ponto importantíssimo, que pode nos dar parâmetros na definição de diversas questões como preço, embalagem, estética. A linguagem pode ou não ser destinada à dois alvos dependendo da situação. Por exemplo no caso de um produto para pets, um cachorrinho não irá a uma loja comprar um brinquedo, seu dono faz esse trabalho por ele. O produto precisará ser útil pro bichinho e “interessante” aos olhos do dono.